20 de julho de 2014

Carta a ti, meu cérebro

Querido cérebro, 

sei que já andamos juntos há muito tempo, sei como funcionas e como te esgotas por vezes. Estes "esgotamentos" têm acontecido com mais frequência nos últimos anos, talvez por força dos acontecimentos (ou falta deles). O facto do trabalho sei que é importante para ti, mas de que vale matares-te a procurar trabalhos se não te querem dar a oportunidade? Tens de te acalmar. Tens de pensar que melhores dias virão. Que tudo o que queres se vai realizar. Porque não és um desistente. Porque se não for duma maneira será de outra...o caminho nunca é a direito certo? Quantas e quantas vezes tem imensas curvas. 
Andas a pensar demasiado. Não penses ou se pensares não penses em demasia. Também não direi para seguires o teu coração, como naquelas frases bonitas, porque já se viu o resultado da coisa. Simplesmente deixa-te ir. Quando te deixas ir sabes bem que até és mais feliz. Não tens tido grandes motivos para sorrir, não andas a ter uma vida fácil e daí pensares demais, mas se não parares vais explodir. Não te quero insensível a nada. Não te quero sensível a tudo. Quero-te forte! Como sei que consegues e és. Porque se não for por um lado será por outro. Mas tu, meu caro cérebro, tens mesmo de te acalmar. 

E uma coisa te digo, se o destino existir presumo que terá alguma coisa boa programada na tua vida. Coisa essa que tem feito falta eu sei...não se tem tudo quando queremos e depois de a termos será que ainda a queremos? Esta questão fica para outro dia... 

Acalma-te. 
Não penses.
Relaxa. 
E talvez assim consigas ser um bocadinho feliz. 

Da tua Inês

6 comentários:

  1. Outro caso para dizer: respira!
    Também tenho alguns desses monólogos e normalmente não gosto muito do resultado, uma noite de sono por vezes ajuda mas quando nos vemos sem grandes saídas torna-se complicado ser optimista... Não baixes os braços, dá vontade eu sei bem disso, mas pode ser que no deserto de oportunidades apareça um pequenito oásis ;)

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    1. A mim o que me está a custar é o facto haver algumas possibilidades (poucas é certo) mas que demoram eternidades para dar uma resposta, mesmo que seja negativa. E depois custa-me a entrar em outras possibilidades mesmo que não me apetecendo tanto (tenho de viver de alguma coisa né? Não é duma coisa tem de ser de outra!) sem ter uma resposta das outras. Não sei se dá para entender...

      Eu bem quero acreditar nesse tal oásis que falas, por mais pequenino que seja, só que está cada vez mais difícil. E depois o cérebro pensa e pensa e pensa...

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  2. O PM já disse o que eu vinha dizer :)
    Não baixes os braços e mantém-te optimista. Mesmo quando se fecha uma porta, abre-se sempre uma janela ;)

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    1. Não vejo porta nem janela, parece que ando num local fechado sem sítio para sair...mas eu vou tentar abrir mais os olhos ok? :)

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  3. Às vezes dá uma vontade de mandar foder o mundo não é? Nem que seja baixinho...
    E se houvesse um botaozinho para desligarmos o cérebro assim só de vez em quando.. era tudo mais fácil!!

    Coragem!! beijinho *

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    1. Baixinho não, se é para mandar é em grande! :) Obrigada pela força*

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