18 de maio de 2014

Incoerência de palavras

Não sei bem porque vim ao blog...porque liguei o computador a esta hora para vir propositadamente aqui. Talvez porque os meus pensamentos estavam a organizar-se em frases. O que não tem muita lógica, mas eu também não ando com muita lógica. E agora que aqui estou parece que me deu uma branca. 

Ando completamente em baixo, depressiva não será o termo correcto mas andará lá perto talvez. Sinto-me como se usasse duas máscaras, a minimamente bem disposta para os outros e a que está em baixo quando estou realmente sozinha. Não consigo perceber qual das duas será a verdadeira. 
Sinto-me um fardo. Sinto-me cansada. Sinto-me sozinha, sem ninguém, mesmo rodeada de pessoas. Sinto-me "abandonada", apesar de saber que também devo ter abandonado. Nem sei como me sinto. 
Apetece-me desistir de muita coisa. Apetece-me fugir de tudo. Apetece-me virar costas aos problemas. Não quero desiludir ninguém e mais importante não quero desiludir-me. Estou cada vez mais perdida. 
No outro dia perguntaram-me o que fazer da vida, não da minha mas da própria pessoa que perguntou. Algo difícil de responder, se não impossível, porque nem eu própria sei o que fazer da e com a minha vida. A tristeza vai entrando. E cada vez me sinto menos eu, menos bem comigo. O que fazer para mudar? Não sei. Não sei nada. 

Tudo o que estou para aqui a escrever não tem lógica. São palavras que vão surgindo, bocados de frases. Tal como estou, aos bocados. Não sei o que me reserva a vida, não sei o que espera de mim, mas eu não me sinto em condições de lutar pelo que seja. Estou cansada. Falta-me alegria. Falta-me uma luz que apareça por mais ténue que seja. 

Neste momento devo ser um misto de coisas...cansaço, desilusão, stress, solidão, fingimento com as máscaras. Como sair deste combinado? Como tornar a minha vida mais alegre? Como sobreviver à minha vida? Simplesmente como? 

A esperança que melhores dias apareçam existe por vezes, só que é tão difícil mantê-la todos os dias ou pelo menos nos momentos mais importantes. Não sei o que fazer...sinto-me congelada no mundo. 

E como diz a canção: "a ver os sonhos partirem, à espera que algo aconteça". Sonhos que nunca mais acontecem. 

4 comentários:

  1. São fases, acredita. Há alturas em que parece que tudo corre mal, em que estamos sem paciência para o mundo. Acontece a todos. Mas há que ter força para continuar, para sorrir, para apreciar as coisas boas da vida. Eu estive assim não há muito tempo, e agora estou finalmente a conseguir voltar a sorrir, sinto-me mais leve, mais boa vibe, menos raivoso com o mundo. Porque devemos ser nós a ter as rédeas da nossa vida ;)

    Grande beijinho e qualquer coisa que precises, o meu mail está à disposição ;)

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    1. Antes de mais obrigada pelas palavras Roger! :)

      Acho que tocaste num ponto importante: tomar as rédeas da nossa vida. Tenho de fazer isso com mais afinco, mais garra. É isso mesmo que preciso.
      Estes últimos tempos têm sido complicados e não há nada que me puxe à tona. Parece que a minha vida estagnou e não acontece nada de importante, alguma coisa que me faça pensar "isto vale a pena". Sinto a vida simplesmente a passar...

      Vou tentar agarrar a vida. Tenho que ser feliz e estar bem comigo e com a vida e assim não sou nem estou.

      Obrigada novamente.

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  2. Compreendo-te tao bem... cada palavra a que tu chamas "incoerência" podiam ser minhas... à um ano atras essa era eu, todos esses sentimentos, essa impotência perante a vida, essa desmotivação, era eu... O que me ajudou? O meu trabalho, muito.... mas hoje esses sentimentos de que falas ainda me assaltam o pensamento e tudo vêm abaixo... Mas uma coisa é certa "devemos ser nós a ter as rédeas da nossa vida"... só vivemos uma vida e seria uma pena desperdiça-la... temos que ir a luta, por mais medos que tenhamos, por mais receios que acham, por mais que os outros duvidem, por mais que tu duvides... somos capazes...

    No meu caso, eu quase deixei de ter sonhos e isso é que não pode ser, nunca... Sonhos definidos, objetivos no "papel"... e garra :)

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    1. Sonhos ainda existem, não sei é até que ponto vou concretizá-los. Vou tentar pelo menos, espero eu com mais força e garra do que ultimamente.

      Obrigada Maria :)

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