25 de janeiro de 2014

10 anos passaram

Não fosse a "televisão" a relembrar e não juntaria o dia de hoje ao dia em que Miklos Fehér morreu. E já lá vão 10 anos! O dia pode não estar gravado na memória mas o acontecimento em si está. Porque era na altura uma assídua adepta de futebol, porque foi o meu primeiro contacto com a morte, porque simplesmente foi difícil de perceber o que se estava a passar em campo. O último sorriso, a queda, a confusão, os colegas de profissão - seja do benfica ou do guimarães -, as poucas palavras que os comentadores diziam... Vi em directo. Só a forma como caiu deixava antever que algo de grave se passava, as manobras de reanimação que as imagens permitiam vislumbrar de relance, os rostos dos colegas, a entrada da ambulância confirmavam essa primeira suspeita. Estava num café e na altura vim para casa, dado não saberem o que se passava nem o que fazer, não faltava muito para acabar o jogo também, e assim no caminho entre café e casa vim a ouvir o relato no carro, a tentar saber mais novidades. Em casa fiz a mesma coisa, televisão ligada e rádio ligado, mas nada. A notícia viria no dia seguinte. Nesse dia não houve clubes. Nesse dia só houve o choque, o choque de todos. E ele, o Fehér, um jogador e acima de tudo uma pessoa uniu o futebol português duma forma que nunca tinha visto. 

É difícil aceitar como alguém jovem, saudável, que faz exames médicos regulares, caísse assim no relvado. Morreu com 24 anos, os mesmos 24 que irei fazer este ano. É complicado. Praticamente as idades do grupo de estudantes que também faleceram no Meco. (não que haja comparação, ficará para outro post, quando houver mais desenvolvimentos) Os filhos não devem ir primeiro que os pais, segundo a lei da vida. Mas ninguém está a salvo de morrer - aliás é a nossa grande certeza da vida. 


Fica um até sempre Fehér! 


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